quinta-feira, 9 de junho de 2011

É tão bom que tem que ser compartilhado!

Minimamente feliz
A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em
Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado
de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras MAIÚSCULAS não
existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa
felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular: 'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo
sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado , ele perguntou com quem
ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com
pessoas inteligentes'. Criada para viver grandes momentos, grandes amores e
aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?

Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem
for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é
uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.

Leila Ferreira - Jornalista

AMIGOS, AMIZADE. : Júnior Flôr

AMIGOS, AMIZADE. : Júnior Flôr: "“Desculpa a franqueza; é um direito de amigo. Até hoje não descobri outro mérito num amigo senão o de dizer coisas desagradáveis ao outro amigo, sob pretexto de que franqueza é um dever do coração.” (Machado de Assis)"

Amizade/alma gêmea

“Desculpa a franqueza; é um direito de amigo. Até hoje não descobri outro mérito num amigo senão o de dizer coisas desagradáveis ao outro amigo, sob pretexto de que franqueza é um dever do coração.” (Machado de Assis)

Filosofia : Júnior Flôr

Filosofia : Júnior Flôr

domingo, 5 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Telhado de barro: EU QUERO MEU BRASIL DE VOLTA!

Telhado de barro: EU QUERO MEU BRASIL DE VOLTA!: "Por Carla Pola Passei 22 anos da minha vida em sala de aula. Comecei a lecionar nos anos 80 ainda menina e quando a educação ainda era tr..."

A contribuição e riqueza dos comentários

"Coração das pernas! Ninguém se lembra dele, mas ele bate sempre que andamos. Sempre me vem a imagem de São Francisco de Assis como caminhante, descalço e iluminado na simplicidade. Não sei se é real, mas é uma boa imagem para mim. Caminhar é um exercício de auto estima, auto comprovaçao fisiológica, emocional e psicológica. Quem quer facilidade usa açucar ou craque. Quem quer dificuldade alavancadora de mil possibilidades, caminha! " 
Perfeito! Robon espero que você seja quem estou imaginando, porque já copiei seu comentário e joguei no Twitter! É que evoca mesmo uma imagem muito bonita, muito real sem dúvida, pelo menos para mim, e afinal quem pode nos dizer o que é real ou não?  ao mesmo tempo que encerrando dizes tudo, ou seja é muito em poucas palavras! 
Vou continuar caminhando em boa companhia, São Francisco de Assis com certeza estará ao meu lado, porque como eu ele já quis facilidade e me dará força para vencer essa dificuldade alavancadora de mil possibilidades. Coração das pernas é uma imagem muito bonita também.

Casa onde Francisco nasceu, Assis.
..."O menino cresceu e se tornou um jovem popular entre seus amigos, por sua indisciplina e extravagâncias, por sua paixão pelas aventuras, pelas roupas da moda e pela bebida, e por sua liberalidade com o dinheiro, mas mostrava uma índole bondosa.
Era filho do comerciante italiano Pietro di Bernadone dei Moriconi e sua esposa Pica Bourlemont, cuja família tinha raízes francesas. Os pais de Francisco faziam parte da burguesia da cidade de Assis, e graças a negócios bem sucedidos na ProvençaFrança, conquistaram riqueza e bem estar. Na ausência do pai, em viagem à França, sua mãe o batizou com o nome de Giovanni (João, em português, a partir do profeta São João Batista) na igreja construída em homenagem ao padroeiro da cidade, o mártir Rufino. A origem de seu nome Francesco (Francisco) é incerta. Para uns, depois de uma viagem à França, onde o menino teria ficado cativado pela vida francesa, suamúsica, sua poesia e seu povo, seu pai teria começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês" em italiano. ... É só perguntar um pouco mais ao oráculo e à sacerdotisa para vemos quanta afinidade temos com São Francisco, lembra o filme Irmão Sol, Irmã Lua?